Ex-ditador 'Baby Doc' retorna ao Haiti após 25
anos
Jean-Claude Duvalier comandou violenta ditadura no país entre
1971 e 1985
Após 25 anos exilado na França, ex-ditador retorna ao país, acompanhado de sua mulher, Veronique Roy (Hector Retamal/AFP)
Na falta de alguma informação oficial, população troca telefonemas para tentar entender retorno do ex-ditador ao país
O ex-presidente do Haiti Jean-Claude Duvalier, conhecido pelo apelido de "Baby Doc", que governou o país entre 1971 e 1986, chegou neste domingo de surpresa a Porto Príncipe, em um voo da companhia Air France procedente de Paris.
Uma multidão recebeu o ex-ditador no aeroporto internacional Toussaint Louverture, onde chegou acompanhado de vários colaboradores pouco depois das 17h30 (horário local, (20h30 de Brasília), e foi amparado na sala diplomática, informaram emissoras locais.
Cerca de três horas após sua chegada, ele deixou o aeroporto, com destino desconhecido, em um veículo oficial com forte escolta de oficiais da Polícia e da Missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti (Minustah).
A notícia da presença de "Baby Doc" de novo no Haiti 25 anos após ser derrubado por uma revolta popular e no meio da crise que vive o país circulou pela capital e foi retransmitida ao vivo por várias emissoras de rádio.
Centenas de pessoas se reuniram no aeroporto, entre eles curiosos, outros que aclamaram o ex-governante e outros que aproveitaram para pedir o retorno do ex-presidente Jean Bertrand Aristide.
O retorno de Duvalier fez surgir perguntas na capital sobre o significado do retorno deste ex-líder, considerado, junto com seu pai, François, presidente entre 1957 e 1971, responsável por um regime que governou com mão de ferro, desprezo aos direitos humanos e corrupção.
Seus governos são considerados responsáveis pela morte de milhares de opositores e do desvio de recursos significativos do país durante 29 anos.
O presidente haitiano, René Préval, advertiu em 1997, durante seu primeiro mandato, que Duvalier seria preso se retornasse ao Haiti.
Comentaristas destacaram que não é possível imaginar que as altas autoridades do país não estavam conscientes das diligências de Duvalier para voltar ao Haiti, como também não as autoridades da França, onde se refugiou após ser deposto em 1986, e as dos Estados Unidos.
Um porta-voz da Polícia Nacional, no entanto, disse não saber que ação a corporação tomaria perante sua chegada.
Após a notícia de sua chegada aconteceu em Porto Príncipe um intenso fluxo de mensagens e ligações telefônicas entre cidadãos que se aconselhavam uns aos outros para manter uma atitude de prudência e manter a calma.
Duvalier chegou ao poder em 1971, aos 19 anos, após a morte de seu pai, François Duvalier, o "Papa Doc", que previamente o havia nomeado seu sucessor.
Após permanecer na Presidência do Haiti até 1986, teve que exilar-se perante o agravamento da situação no país caribenho, indo para a França, onde morou em várias localidades durante todos estes anos.
Uma multidão recebeu o ex-ditador no aeroporto internacional Toussaint Louverture, onde chegou acompanhado de vários colaboradores pouco depois das 17h30 (horário local, (20h30 de Brasília), e foi amparado na sala diplomática, informaram emissoras locais.
Cerca de três horas após sua chegada, ele deixou o aeroporto, com destino desconhecido, em um veículo oficial com forte escolta de oficiais da Polícia e da Missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti (Minustah).
A notícia da presença de "Baby Doc" de novo no Haiti 25 anos após ser derrubado por uma revolta popular e no meio da crise que vive o país circulou pela capital e foi retransmitida ao vivo por várias emissoras de rádio.
Centenas de pessoas se reuniram no aeroporto, entre eles curiosos, outros que aclamaram o ex-governante e outros que aproveitaram para pedir o retorno do ex-presidente Jean Bertrand Aristide.
O retorno de Duvalier fez surgir perguntas na capital sobre o significado do retorno deste ex-líder, considerado, junto com seu pai, François, presidente entre 1957 e 1971, responsável por um regime que governou com mão de ferro, desprezo aos direitos humanos e corrupção.
Seus governos são considerados responsáveis pela morte de milhares de opositores e do desvio de recursos significativos do país durante 29 anos.
O presidente haitiano, René Préval, advertiu em 1997, durante seu primeiro mandato, que Duvalier seria preso se retornasse ao Haiti.
Comentaristas destacaram que não é possível imaginar que as altas autoridades do país não estavam conscientes das diligências de Duvalier para voltar ao Haiti, como também não as autoridades da França, onde se refugiou após ser deposto em 1986, e as dos Estados Unidos.
Um porta-voz da Polícia Nacional, no entanto, disse não saber que ação a corporação tomaria perante sua chegada.
Após a notícia de sua chegada aconteceu em Porto Príncipe um intenso fluxo de mensagens e ligações telefônicas entre cidadãos que se aconselhavam uns aos outros para manter uma atitude de prudência e manter a calma.
Duvalier chegou ao poder em 1971, aos 19 anos, após a morte de seu pai, François Duvalier, o "Papa Doc", que previamente o havia nomeado seu sucessor.
Após permanecer na Presidência do Haiti até 1986, teve que exilar-se perante o agravamento da situação no país caribenho, indo para a França, onde morou em várias localidades durante todos estes anos.
(com Agência EFE)
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