CAVALGADAS, CRESCE EM NÚMERO DE EDIÇÕES E DE PARTICIPANTES
Crianças em cavalgada no Pará |
Uma típica comitiva rural |
As cavalgadas que começaram tímidas nos anos 1980 no Sul do Pará, tomaram dimensões extraordinárias, gerando um mercado vigoroso e mantendo uma cultura baseada no antigo tropeirismo e comitivas de gado. Começou nas Exposições Agropecuárias, dando abertura às festas, na verdade um belo desfile, de belos cavalos, de variadas raças e cavaleiros e amazonas vestidos a caráter; também há a veia humorística, jegues, carroças enfeitadas, gente chamando a atenção. Toca-se berrante a algumas carroças são equipadas com som sertanejo tradicional. O cavalo exerce um fascínio sobre o brasileiro de origem rural, quem não se lembra da fazenda do tio ou do avô quando se foi curtir as férias algumas vezes quando criança?!
Há um promissor mercado de aluguel de cavalos, aluguel de arreios, confecção de roupas para as equipes de cavaleiros, chamadas de comitivas, venda de chapéus de cowboy, uma verdadeira “onda country” que invade o interior do Brasil; a moda country é exibida por homens e mulheres num excelente desfile. Em Floresta do Araguaia, cidade mais agrícola que de pecuária, onde se planta muito abacaxi, já realiza duas cavalgadas por ano, uma no Festival do Abacaxi e outra na Festa do Peão em outubro. Verifica-se também a vinda de pessoas de cidades vizinhas para participarem das cavalgadas.
Os bois de montaria fazem sucesso e contempla-se o exótico também com pôneis, mini-cavalos, mini-touros e outras excentricidades. As maiores cavalgadas chegam a juntar mais de mil cavaleiros em cidades como Marabá e Paragominas por exemplo. Existe só a cavalgada como uma que ocorre em Imperatriz -MA que jê está em sua 20ª edição, organizada pelo sindicato rural de lá. Nem todas as cavalgadas é organizada pelos sindicatos rurais, a de Floresta é organizada por comerciantes e alguns fazendeiros, na cidade não tem Sindicato Rural organizado. Redenção e Xinguara fazem grandes Cavalgadas Ruralistas, organizadas por seus sindicatos rurais. Carroças, carros e motos também participam. Muitas crianças montando mini-cavalos tem participado dessas cavalgadas, onde fotográfos tem tido um novo mercado tirando fotos dos pimpolhos para os papais corujas.
Algumas prefeituras e sindicatos ajudam dando almoço aos cavaleiros e participantes; mas o que se toma muito é cerveja, patrocinada por empresários e distribuidoras de bebidas. Com uma pecuária pujante na região, os cavalos começam a ter valor de animais de estimação e não somente de trabalho, as raças são variadas, mas prevalece o “quarto de milha”, mas há o “manga larga”. Praticamente em todas as cidades do Sul do Pará existem grandes e belas cavalgadas.
Pedro Paulo Barbosa
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