Cristãos, cuidado! Tem espinheiro no pedaço!
19 de junho de 2012
Quando os bons se omitem, os maus tomam conta do poder.
É pelo voto que o povo faz valer a sua vontade. É pelo voto que cada cidadão, independente de raça, classe social ou religião, participa dos destinos de sua cidade.
O Princípio democrático diz que: “todo poder emana do povo e que em seu nome é exercido”. Portanto, “todo povo tem o governo que merece”. O governante sai do meio do povo e é escolhido pelo povo. Os políticos são um extrato social.
O cristão precisa exercer sua cidadania na construção de uma sociedade justa, ética e solidária. Por isso é importante despertar em cada um de nós o senso das responsabilidades democráticas.
A parábola bíblica de Jotão de Jz 9.8-15 deve-nos levar a profunda reflexão sobre esse assunto. Votar é obrigação constitucional, e nós cristãos precisamos assumir a posição de que se devo votar, então precisa ser em homens sérios, íntegros e tementes a Deus, se assim não o fizermos, estaremos convidando o espinheiro para reinar sobre nós.
O que a parábola do Jotão, nos ensina é que: quando os bons se omitem, os maus tomam conta do poder. Pessoas honestas e com trabalho útil, de boa índole, de bom caráter, de vida consagrada tem se omitido, pois não querem pagar o preço de liderar, por isso, espinheiros têm feito o povo gemer.
“Quando o justo governa, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme”. Provérbios 29.2
Se o povo souber votar bem, escolhendo homens e mulheres honestos e qualificados para dirigir o Município, o Estado e o País, então, teremos bons governantes, honestos, éticos e justos, que saberão administrar bem os recursos públicos, os impostos pagos pelos cidadãos, etc. No entanto, se o povo votar mal, escolher seus governantes por motivos escusos e egoístas, então, teremos governantes desonestos e politiqueiros.
Um bom político governa e dirige “para o coletivo”. O verdadeiro político decide em função do bem comum e não de seus interesses eleitoreiros ou corruptos. Já o mau político “se serve do povo” ao invés de servir ao povo. O Mau político pode estar em qualquer partido ou grupo. Usam disfarces de ovelhas, mas são lobos predadores.
“Eu tenho visto neste mundo uma injustiça que é cometida pelos que governam: eles colocam pessoas tolas em altos cargos e deixam de lado pessoas de valor” (Eclesiastes 10.5).
Para o cristão, a política tem uma importância enorme, e, portanto, deve ser tratada com muita responsabilidade. É pecado “vender” o seu voto ou votar mal; isto é, dar o seu voto a alguém que não merece, que ele sabe que não é competente e nem honesto. O cristão não pode votar com “segundas intenções”, só porque aquele candidato vai-lhe ajudar depois de eleito, com um emprego ou alguma facilidade, etc. O cristão deve votar com a consciência, escolhendo entre todos os candidatos o melhor, independente de interesses, sentimentalismos, partidarismo ou grau de parentesco ou amizade.
Como cristãos cidadãos devemos ter uma participação ativa na política, e isso implica em conhecer e debater os problemas sociais. Sem informação, sem estar inteirados dos problemas do povo, não se pode votar bem. É importante participar de debates, diálogos entre amigos e familiares no sentido de instruir os que não têm informações corretas para que não sejam manipulados pelas propostas eleitoreiras.
Lembre-se: Para que o mal prevaleça, basta que os bons não façam nada.
O pastor Martin Luther King disse uma vez: O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.
Lembre-se: Somos apenas um detalhe, mas com Jesus fazemos a diferença!
Elismar Veiga
Pastor, Escritor, Conferencista, Teólogo, Licenciado em Pedagogia (UnB), Pós graduando em Gestão Pública (PUC-Anápolis), Pós graduando em Administração do Terceiro Setor (FACINTER). Atualmente preside a Missão Alô Criança de Assistência Infantil em Anápolis e o Lar da Criança Reencontro com a Vida em Caldas Novas.