As Mangueiras de Belém, um convívio urbano exemplar
A feliz convivência entre mangueiras centenárias, homens, projetos arquitetônicos, companhia elétrica, ruas, prédios comerciais e condomínios, além de carros e autoridades de trânsito em Belém é impressionante, talvez os moradores dessas áreas do centro de Belém, muitos há que não percebem tal harmonia.
O belenense já sente orgulho dessas centenárias mangueiras, mesmo que no período das mangas amasse algum carro, ou quebre um pára-brisas; nunca ouvi falar que uma manga caiu na cabeça de alguém deixando-o ferido ou gravemente machucado. Na safra alimenta os pobres e moradores de rua, mas há os apanhadores de mangas profissionais, usam cordões que ao jogar nas mangueiras, ficam a balançar derrubando as mangas, os donos de carros acham bom isso porque se derruba logo essas mangas.
O emaranhado de fios elétricos, cabos telefônicos e luminárias de postes, não é empecilho para essa boa convivência, a CELPA, a companhia elétrica local se especializou tanto com isso, que junto com a prefeitura planeja muito bem as podas das mangueiras que sobrevivem altaneiras e tornando o centro de Belém com um ar mais fresco e ventilado.
Já aconteceu de uma mangueira dessas cair e amassar carros, mas sempre a natureza dá um ou mais avisos antes. Um carro amassado, o seguro pagará, e mesmo assim, prejuízo particular e único, não é uma justificativa para se acabar com as mangueiras; Belém prova que se pode conviver com elas harmoniosamente.
No começo da safra de mangas, periquitos e curicas (maritacas) invadem a cidade, vem se alimentar nas mangueiras, milhares dessas aves, é um som de selva na cidade.
Chove muito, chove quase todo dia, mas não falta energia, as árvores bem cuidadas desafiam teorias urbanas – mangueiras não são árvores próprias para regiões urbanas. A prática destrona a teoria, pois os túneis de mangueiras desafiam os séculos numa feliz convivência e muitos belenenses dizem: eu sinto orgulho de nossas mangueiras. !!
Eu estive em Belém e fiz essas fotos, eu me fascino com essa convivência harmoniosa, que poucas megalópoles conseguem ter com a natureza, a não ser nos parques, aqui é nas ruas do centro.
Texto de Pedro Paulo (Pedrovida12)
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