quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os Aloprados da Dilma.



Desmistificar é preciso. Chega de mentira.           

(*) Por: Lino Tavares

Quando um time não vai bem, a primeira cabeça que rola é a do técnico. E não adianta reclamar. É assim mesmo. Afinal, é ele quem escala o time e orienta seus escalados para a batalha em campo. Gostaria de saber,  então, por que idêntico critério não é adotado em relação a quem "escala" os ministros de estado e os conduz no gerenciamento da Nação ? Lula "escalou" Zé Dirceu para chefe da Casa Civil, que virou "Quartel General" da quadrilha do mensalção, mas acabou isento de  qualquer responsabilidade no escândalo, e ficou por isso mesmo.
    
Agora, o Ministério dos Transportes pega fogo, com denúncias de corrupção sendo noticiadas todos os dias, e o que se diz é que a presidente Dilma está sendo enérgica e correta na apuração dos fatos. Mas ela não deveria ter agido assim na hora de escolher seus auxiliares, ou será que, como seu padrinho Lula, ela também está sendo traída por um bando de aloprados ?

Até quando vamos ser tratados como débeis mentais, nessa tentativa de fazer acreditar que o presidente da República é uma coisa e os seus ministros são outra . Não há como dissociar a figura do comandante da de seus comandados, em nenhuma hipótese. Se assim fosse, os fatos positivos de cada ministério deveriam ser astribuídos ao ministro que o gerencia e não ao governo como um todo.

Logo, essa balela de que a Dilma não está contemporizando os corruptos de seu governo é conversa para boi dormir. Até porque costuma elogiá-los publicamente depois que são afastados dos cargos, à luz de denúncias. Não foi isso que ela fez, lamentando na televisão o afastamenteo de Antônio Palocci, da chefia da Casa Civil ?

(*) Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor.

Via Giba Net

sexta-feira, 8 de julho de 2011

As Centenárias Mangueiras de Belém se harmonizam bem com a cidade

As Mangueiras de Belém, um convívio urbano exemplar

A feliz convivência entre mangueiras centenárias, homens, projetos arquitetônicos, companhia elétrica, ruas, prédios comerciais e condomínios, além de carros e autoridades de trânsito em Belém é impressionante, talvez os moradores dessas áreas do centro de Belém, muitos há que não percebem tal harmonia.

O belenense já sente orgulho dessas centenárias mangueiras, mesmo que no período das mangas amasse algum carro, ou quebre um pára-brisas; nunca ouvi falar que uma manga caiu na cabeça de alguém deixando-o ferido ou gravemente machucado. Na safra alimenta os pobres e moradores de rua, mas há os apanhadores de mangas profissionais, usam cordões que ao jogar nas mangueiras, ficam a balançar derrubando as mangas, os donos de carros acham bom isso porque se derruba logo essas mangas.


O emaranhado de fios elétricos, cabos telefônicos e luminárias de postes, não é empecilho para essa boa convivência, a CELPA, a companhia elétrica local se especializou tanto com isso, que junto com a prefeitura planeja muito bem as podas das mangueiras que sobrevivem altaneiras e tornando o centro de Belém com um ar mais fresco e ventilado.


Já aconteceu de uma mangueira dessas cair e amassar carros, mas sempre a natureza dá um ou mais avisos antes. Um carro amassado, o seguro pagará, e mesmo assim, prejuízo particular e único, não é uma justificativa para se acabar com as mangueiras; Belém prova que se pode conviver com elas harmoniosamente.
No começo da safra de mangas, periquitos e curicas (maritacas) invadem a cidade, vem se alimentar nas mangueiras, milhares dessas aves, é um som de selva na cidade.

Chove muito, chove quase todo dia, mas não falta energia, as árvores bem cuidadas desafiam teorias urbanas – mangueiras não são árvores próprias para regiões urbanas. A prática destrona a teoria, pois os túneis de mangueiras desafiam os séculos numa feliz convivência e muitos belenenses dizem: eu sinto orgulho de nossas mangueiras. !!

Eu estive em Belém e fiz essas fotos, eu me fascino com essa convivência harmoniosa, que poucas megalópoles conseguem ter com a natureza, a não ser nos parques, aqui é nas ruas do centro.

Texto de Pedro Paulo (Pedrovida12)

sábado, 2 de julho de 2011

A Ameaça de dois gigantes do varejo ao consumidor brasileiro

Fusão de hipermercados preocupa



Uma eventual fusão entre os grupos varejistas Pão de Açúcar e Carrefour precisa ser muito bem definida para que os consumidores não sofram prejuízos, segundo Proteste a (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).

“Principalmente quando você está falando de um mesmo segmento, porque está tendo aí um grande percentual de concentração”, disse à Agência Brasil a coordenadora institucional do Proteste, Maria Inês Dolci. Ela citou como exemplo a fusão entre os frigoríficos Sadia e Perdigão, do setor de alimentos.

“Quando você tem uma concentração grande e redução de mercado, há menos opções para o consumidor e nem sempre o preço é benéfico”, acrescentou Maria Inês. Segundo ele, a redução da concorrência torna o consumidor, às vezes, refém das empresas que têm um ganho grande em termos de escala, isto é, têm um poder de compra melhor e nem sempre repassam os benefícios aos clientes.

A coordenadora mostrou preocupação com a possibilidade de uma diminuição da concorrência resultar em alteração de preços que não beneficie o consumidor. “Sem contar que ele não vai ter qualquer opção ou forma de escolher no mercado e de trazer concorrência para aquele setor, para ter melhoria na qualidade, investimentos em tecnologia. Esse é o ponto que preocupa a Proteste.”
Idec

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) também manifestou temor com relação à elevação dos preços. Segundo o gerente de Informação do instituto, Carlos Thadeu de Oliveira, "a concentração no varejo pode levar a uma elevação dos preços, já que diminui a concorrência e as margens de negociação entre fabricantes e comércio ficam mais estreitas”.

Na avaliação do professor do IE/UFRJ (Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro), Frederico Rocha, a fusão entre as redes supermercadistas Pão de Açúcar e Carrefour “implica uma concentração de mercado substantiva”.

Segundo ele, o primeiro problema que a fusão pode trazer é o aumento dos preços, “porque as empresas ganham maior poder de monopólio”. Essa deve ser, enfatizou, a preocupação principal das autoridades da área de defesa da concorrência.

Para ele, essa concentração pode significar a redução de capacidade produtiva no Brasil. “Acho que vai reduzir o número de lojas e, por isso, pode haver impactos negativos sobre o emprego”.

Rocha informou que cada companhia tem entre 15% e 20% do mercado e a junção das duas redes poderá acarretar maior concentração nacional. “Isso só pelo lado da fusão”. Embora a união das duas redes signifique uma concentração de 30% em todo o país, em algumas localidades ela pode atingir até 80% ou 90% do mercado, acrescentou o professor. (Abr)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Sarneyquistão é bem próximo do Pará, ao lado

No Maranhão, quem manda sou eu, não adianta reclamar


Reinaldo Azevedo
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

“A terminação “istão”, em algumas das línguas faladas na Ásia Central, significa “lugar de morada” ou “território”. Assim, o Quirguistão é o lugar de morada dos quirguizes. O Cazaquistão, o território dos cazaques, e o Tadjiquistão, dos tadjiques. Também por esse motivo, o estado do Maranhão - tão miserável quanto as antigas repúblicas da extinta União  Soviética e igualmente terminado em “ão” - poderia muito bem ser rebatizado de Sarneyquistão. Há 46 anos, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), abriga 32 dos cinqüenta municípios mais miseráveis do país. Quando Sarney chegou pela primeira vez ao poder, no longínquo ano de 1965, o Maranhão ocupava as últimas posições do ranking nacional de desenvolvimento. A partir de então, seu grupo venceu dez eleições para governador, chefiou o Executivo local por 41 anos e… conseguiu o feito de nada mudar. O “Sarneyquístão” continua ostentando os indicadores sociais mais vexatórios do país, comparáveis aos das nações mais desvalidas do planeta (veja o quadro). Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluído há duas semanas mostra que a pobreza extrema atinge 14% da população. Em 82 das cidades do estado, a renda média é inferior ao que o Bolsa Família paga em benefícios. Outro estudo afirma que 78% dos maranhenses dependem de algum programa oficial de transferência de renda. E não foi a natureza que condenou os maranhenses à miséria.”
Então foi o quê? Leiam a reportagem de Leonardo Coutinho na VEJA desta semana.Por
Reinaldo Azevedo

Por João Domingos, no Estadão:
Espécie de nomeador-geral da República, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), paira acima da briga diária e quase insana dos partidos aliados para garantir nas estatais e no segundo e terceiro escalões do governo um lugar a seus afilhados. Sozinho, Sarney garantiu mais nomeações do que a maioria dos partidos envolvidos na disputa. A força de Sarney é tamanha que, em alguns casos, ele consegue influir na escolha de um nome mesmo sem o conhecer. Foi o que aconteceu com a indicação de Eurides Mescolotto para a presidência da Eletrosul. Aqui
Ex-marido da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), o nome de Mescolotto só foi confirmado na direção da estatal, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), depois de Ideli recorrer à ajuda de Sarney. Agora, transcorridos quase seis meses de governo de Dilma Rousseff, o ex-marido de Ideli continua firme na direção da Eletrosul, apesar da pressão pela troca originada no PT, partido da presidente e de Mescolotto.
O nome sugerido para o lugar foi o do ex-deputado Cláudio Vignatti (PT-SC). Mas Dilma não se comoveu e manteve Mescolotto. Vignatti acabou nomeado para a Secretaria de Relações Institucionais, como sub do então ministro Luiz Sérgio que, há menos de 20 dias, foi para o Ministério da Pesca e cedeu o lugar para Ideli Salvatti. Listas. Na semana passada, o PMDB foi a Ideli pedir que fossem nomeados 48 nomes indicados ao governo ainda em janeiro. Deixou a reunião com a promessa de que os pleitos serão atendidos dentro das possibilidades, porque as vagas são poucas.
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), entregou uma nova lista de afilhados para a ministra. Cid argumentou que era a mesma do início do governo, mas tomara o cuidado de levá-la novamente a Ideli porque talvez o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) a tivesse perdido. Pois Sarney, sem enfrentar fila, nomeou no início da semana para o Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) os jornalistas Fernando Cesar Mesquita, diretor de Comunicação do Senado, e Virgínia Galvez, responsável pela expansão da rede de TVs do Senado. Fernando Cesar disse que Sarney garantiu as nomeações porque os dois precisam fazer contato frequente com a Anatel, por causa do projeto de criação de uma rede de emissoras da TV do Senado. Disse que o cargo não tem remuneração e que o Senado tem direito a duas indicações, assim como a Câmara.
De acordo com a assessoria de Sarney, o presidente do Senado aparece como responsável por muitas nomeações porque ele costuma ser procurado pelas bancadas dos partidos e pelos governadores para interceder por alguém. Desse modo, acaba se tornando o grande nomeador na República. O fato é que dos seis ministros do PMDB, Sarney garantiu dois. Primeiro, Edison Lobão para o Ministério de Minas e Energia, durante o governo de Lula. Lobão foi reaproveitado por Dilma para a mesma função. Em segundo lugar, Sarney pôs o deputado Pedro Novais (MA) no Turismo, atendendo também o pedido da bancada do PMDB na Câmara.
Consórcio
A influência de Sarney no setor elétrico é tanta que alguns políticos afirmam que o sistema Eletrobrás é administrado por um consórcio: Dilma/Sarney. A assessoria do presidente do Senado, no entanto, afirma que Sarney perdeu espaço, porque seu maior afilhado - José Antonio Muniz, presidente da Eletrobrás durante o governo de Lula - deu lugar a José da Costa Carvalho, apoiado pelo PT. Mas Sarney garantiu na presidência de Furnas o afilhado Flávio Decat.
A mão de Sarney está em estatais como a Transpetro, na direção de agências reguladoras, como a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a Anatel, no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na Petrobrás, na Eletronorte, no Banco da Amazônia e na Caixa Econômica Federal, entre outros.
Por Reinaldo Azevedo