sábado, 19 de junho de 2010

“Onde está o Messias?”,

__Onde está o Messias ??
Essa frase é de um judeu iemenita que voltava da diáspora em 1948, na Operação Tapete Mágico, tirei de um livro de Abraão de Almeida. essas fotos são da Operação que levou cerca de 70 mil judeus da península Arábica a Israel. as fotos não são boas foram tiradas numa época de poucos recursos tecnológicos. Mas o texto de Almeida é primoroso, fala de um belo retorno de judeus a Terra Santa numa operação caríssima financiada por organizações judaicas e governo americano.  




OPERAÇÃO TAPETE MÁGICO

Uma das maiores operações de imigração dos tempos modernos realizou-se em 1948. Uma operação especial que transportou dezenas de milhares de judeus para Israel, todos procedentes do Iêmen.

A historia deste povo é fascinante; Acredita-se que muitos deles tenham imigrado para o Iêmen nos dias do rei Salomão, e fontes fidedignas confirmam a continuidade deles naquele país no Sul da Península Arábica desde os primeiros séculos do cristianismo.
Durante todo esse longo tempo, nunca viram um automóvel, um trem de ferro, um avião, a luz elétrica ou qualquer invento moderno. Toda sua cultura consistia em saber de cor o Antigo Testamento. Também haviam copiado a Bíblia à mão, de Gênesis a Malaquias, da mesma maneira como faziam os escribas dos dias de Jesus. Quando cometiam qualquer erro, por menor que fosse, todo o manuscrito era inutilizado, e a tarefa recomeçada. A cópia tinha que ser absolutamente perfeita.

Enquanto viveram no Iêmen, esses israelitas sofreram todo tipo de opressão. Por estarem sempre sujeitos às mudanças da política local, em algumas épocas a situação desses judeus foi comparada a dos escravos. Em 1846, por exemplo, eles foram obrigados a limpar os esgotos da cidade de Sana, enquanto em 1921 um decreto determinava a conversão dos órfãos judeus ao islamismo. Como se isto não bastasse, não podiam vestir roupas finas nem usar meias; era-lhes proibido possuir armas e estudar a Tora fora da sinagoga. Era um verdadeiro milagre que conseguissem ganhar a vida como ourives, tecelões, ferreiros, marceneiros e mascates.

Nessa condição de ~pobreza geral e humilhações, não é de admirar que os movimentos messiânicos florescessem, sendo reprimidos duramente pelos governantes da época.

Os primeiros imigrantes do Iêmen que chegaram a Israel pareciam seres vindos de outro mundo. Em lugar nenhum, durante todo o exílio do povo judeu, as antigas tradições haviam sido preservadas tão fielmente como entre eles. Desde que os primeiros núcleos se estabeleceram no Iêmen, na época do Segundo Templo, ali viveram virtualmente isolados de qualquer influência cultural externa. Imprensados entre os conquistadores otomanos e a população árabe do Iêmen, foram excluídos por leis discriminatórias da sociedade muçulmana dominante.

Porém, embora perseguidos pelo mundo exterior, dentro de suas comunidades mantinham com extraordinária pureza todos os ensinamentos e os hábitos transmitidos de pai para filho, desde o dia em que o Sinédrio tinha sua sede em Jeusalém.

Ao tomar conhecimento da criação do Estado de Israel, em 1948, os dirigentes iemenitas organizaram um grande êxodo da Arábia para a Palestina.

Piloto-chefe da Operação que levou, em vôos secretos, grande parte dos 70 mil judeus do Iêmen para o recém-criado Estado de Israel, Robert Maguire faleceu aos 94 anos, no dia 10 de junho de 2005, na Califórnia.        

Os vôos através de mais de 2 mil quilômetros que separavam o Iêmen de Israel, eram mantidos em segredo para evitar sabotagem. Havia inúmeros obstáculos, entre os quais o ataque das forças egípcias aos aviões e a escassez de combustível. Antes de partir, os pilotos eram avisados de que se fossem forçados a aterrissar em território inimigo, passageiros e tripulantes corriam o risco de ser executados.

A Operação "Tapete Mágico" levou um ano para ser empreendida e constou de 380 viagens, sem registrar perdas. O profissionalismo e a excelência dos pilotos envolvidos no projeto foram fundamentais para seu êxito. Maguire era um deles e Ben-Gurion o chamava de "Moisés irlandês". O escritor Leon Uris nele se inspirou para a criação de um dos personagens do livro Exodus, lançado em 1958.

O primeiro ministro de Israel, David Bem Guryon pediu, pediu auxílio ao governo americano, o qual enviou aviões ao porto de Áden, de onde, controlados pelos ingleses, levaram os judeus iemenitas a sua antiga pátria. O único meio possível naquela época, de chegarem ao porto de Áden era a pé, e assim fizeram, alguns deles caminharam 1.500 quilômetros através de desertos e montanhas.
O governo de Israel enviou pessoas e equipamentos pra filmar esse grande êxodo. Ouviam-se as crianças gritar por água, umas tropeçando, outras caindo, mas podia-se ouvir também os rabis que em tom vibrante e estranho, diziam: “Daí mais um passo filhinhos!Nós vamos a caminho da pátria encontrar o Messias.” Dificilmente eles punham um pé a frente do outro, mas, mesmo tropeçando, prosseguiam.

Ao chegarem a Áden e verem aquelas enormes “aves” enviadas pelo governo israelense para transporta-los à sua antiga terra, os judeus iemenitas se recusaram a entrar nelas. Então seus rabis leram a profecia de Isaias acerca do futuro retorno dos filhos de Israel, no capitulo 60, versículo 8, que diz: “Quem são estes que vêm voando como muvens e como pombas, às suas janelas?”

Depois de explicarem que Deus os mandaria buscar e levar a pátria em asas de águias, os judeus iemenitas subiram resolutamente para os avios, sem qualquer receio. Em 450 vôos, (alguns autores afirma que foram 380), a operação Tapete Mágico transportou cerca de 70 mil israelitas, e muitos deles, ao chegar a israel, beijaram o solo e perguntaram: “Onde está o Messias?”  



Pedro Paulo Barbosa

(extraído do livro “ISRAEL, GOGUE E O ANTICRISTO” de Abraão de Almeida – CPAD – 11ª edição ampliada – 1999) e do site MORASHÁ. 








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