D. Pedro II foi sem dúvida, um dos 10 melhores governantes do Brasil independente, era democrata de convicção.
È praxe dizer que a liberdade de
Imprensa no Brasil começou com D. Pedro II, um verdadeiro democrata, que
inclusive era bastante criticado por jornalistas abolicionistas e republicanos,
famosas foram as charges que faziam gozação ao
imperador.
Pedro Luiz Sympson, foi um brilhante deputado do partido
conservador no Amazonas e, em sua segunda legislatura (1878 / 1879), em abril
de 1879 declarou em plenário:
“Os direitos da humanidade, segundo se parece, cifram-se no gozo e
faculdade de exercer os seus direitos; ora, sendo a imprensa potência universal
do processo e civilização moderna, nós não devemos restringir as suas
atribuições, isto é, esses mesmos direitos, porque Sr. Presidente – se a
imprensa é o órgão por onde respira o oprimido, e encontra alívio aos males que
o acabrunham na sociedade, é também um meio de se restabelecer a sociabilidade.
Nós, como membros desta casa, devemos ser os primeiros a garantir essa
liberdade: nunca concorrer, para que se lhe oponham obstáculos.”
Pedro Luiz Sympson
Nesse pronunciamento Sympson, o
amazonense que nasceu e morreu em Manaus, diz claramente que a Imprensa é a voz
do oprimido e “potência universal do processo e civilização moderna”; é de
impressionar que naquele tempo alguém no Brasil já tivesse esse pensamento. A
influência do Imperador é patente neste caso; um Vargas, ou um Lula não
chegaria a tanto e um Lênin nem pensar.
Portanto, tucanos ou petistas não
estão imunes as descobertas da imprensa que vive da propaganda privada e da
venda de notícias, igrejas e agremiações religiosas não podem fugir dela se o
mal fizer. Informar, Opinar e Orientar é direito de todos, desde que se fale a
verdade, os leitores o analisem e julguem a relevância dos fatos. Um jornal
pode errar, mas a Imprensa toda, não.